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O jogo invisível de Bruninho

O jogo invisível de Bruninho

Bruninho fala sobre vínculos, reinvenção e o que permanece quando o jogo muda.

Por Danilo Luiz, fundador da Voz Futura

A liderança no esporte nem sempre é feita de discursos. Às vezes, ela nasce no silêncio de quem observa, no cuidado com quem joga ao lado e na responsabilidade de criar um ambiente onde todos podem crescer. Bruninho, um dos maiores nomes da história do vôlei brasileiro, aprendeu isso vivendo a intensidade do esporte, suas celebrações, suas quedas, suas dúvidas e suas reinvenções. Nesta conversa comigo para a Voz Futura, ele reflete sobre o que significa liderar hoje, depois de uma vida inteira dentro da quadra, e como a maturidade transforma a forma como enxergamos as pessoas e o jogo.

Se você quiser receber entrevistas como esta em primeira mão, antes de publicarmos no site, basta se inscrever na newsletter da Voz Futura, que conta com apoio do Infomoney. Nosso espaço de inspiração e boas histórias. Lá, todas as semanas, a gente abre conversas que atravessam o esporte, a vida e o futuro.

1) Você é reconhecido como um líder dentro e fora da quadra. O que significa, pra você, liderar? E como esse papel mudou ao longo da sua carreira?
Eu acredito que liderar tem a ver com a missão e responsabilidade de melhorar e fazer crescer as pessoas ao teu lado.Isso se faz no dia dia , com exemplo de dedicação, se preocupando em motivar e criando uma lealdade e cooperação dentro do “time” que voce lidera. Sinto que através do exemplo ,a liderança pode ser mais positiva e impactante que apenas em palavras. Esse pra mim é o papel do líder.

Mudou com minha maturidade de entender, que cada ser humano é de um jeito, e que a maneira de voce conseguir extrair o melhor de cada companheiro nao é a mesma. Ter essa inteligência emocional de compreender quem voce tem ao lado e como lidar com cada um.

2) O volei te ensinou muito sobre coletividade. que lição do esporte em equipe você mais leva para a vida?


No esporte como na vida as relações são o que comandam o ambiente que vivemos. Compreender e aceitar as nossas diferencas, sem tantos julgamentos, nos faz vivermos mais em harmonia e assim, com mais chances de criarmos vínculos e conquistarmos nossos sonhos. Porque nada na vida é conquistado sozinho.

3) Todo atleta passa por altos e baixos . Em momentos de frustração ou dúvida, o que te ajuda a se reconectar com o Bruninho que começou lá atrás?

Muitos desses momentos acaba sendo uma pressão que nós mesmos colocamos nas costas, e acabamos gerando insegurança e perdendo exatamente o que nos fez começar a jogar, que é a paixão de criança. Então a tentativa é me reconectar com o sentimento genuíno do jovem que so queria ir pra quadra se divertir, sem o peso de tantas responsabilidades. 

4) O esporte tem um tempo curto de carreira, e o planejamento é essencial. Como você tem pensado o futuro e a organização financeira depois do vôlei?

 Desde sempre tive essa preocupação, e tive uma família que sempre me mostrou o quão importante era isso… tenho buscado diversificar os investimentos,desde investimentos mais “conservadores” a startups e nessa fase final de carreira, estudado para entender cada vez mais das áreas que estou entrando.

5) Você cresceu dentro do vôlei e conquistou quase tudo. O que ainda te move hoje, e o que você gostaria que o vôlei deixasse como mensagem para as próximas gerações?

A paixão pelo que faço. Ainda tenho a fome e vontade de conquistar novos desafios que busco colocar sempre em cada ano. 

Gostaria que fosse um esporte que despertasse orgulho e que através, do trabalho árduo, de muita dedicação, e comprometimento, podemos conquistar nossos sonhos.

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