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A importância da Primeira Infância

A importância da Primeira Infância

Campanha lembra que Investir nessa fase é mais eficiente do que criar programas compensatórios no futuro

Por Giulia Amendola

Dá para acreditar que o Banco Mundial prevê que o PIB do Brasil poderia ser 158% maior ​se as crianças do país conseguissem desenvolver suas habilidades ao máximo?

O cuidado com a primeira infância, fase que vai até os 6 anos de idade, é primordial. E as pessoas, no geral, infelizmente, ainda não concordam com isso. A pesquisa “Panorama da Primeira Infância: O que o Brasil sabe, vive e pensa sobre os primeiros seis anos de vida” realizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Datafolha, revela que mais da metade da população brasileira (84%) não considera os anos iniciais como fundamentais para o desenvolvimento humano. Para 41% dos entrevistados, o maior pico do desenvolvimento físico, emocional e de aprendizagem ocorre na idade adulta, a partir dos 18 anos. Outros 25% acreditam que é na adolescência, entre 12 e 17 anos. Apenas 15% citaram a primeira infância – entre 0 e 6 anos.

Considerada uma “janela de oportunidades”, é na primeira infância que o ser humano se desenvolve mais, e mais rápido. Nesse período, formam-se as bases do desenvolvimento cognitivo, físico e socioemocional. Até os 6 anos, o cérebro realiza 1 milhão de sinapses por segundo e 90% das conexões cerebrais são estabelecidas.

A pesquisa também procurou entender o que os cuidadores consideram mais importante na criação de bebês e crianças pequenas. Amor (43%) e carinho (33%) são apontados como fundamentais, especialmente para as crianças de 0
a 3 anos, onde o índice aumenta para 46% e 39%, respectivamente. Já frequentar creches e pré-escola é tida como fundamental para 14% da população. Para Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a percepção sobre a importância dos vínculos é uma evolução no entendimento sobre cuidados com as crianças. “Na primeira infância, a qualidade das interações e do ambiente impacta diretamente o desenvolvimento da criança, com consequências para toda a vida. Relações positivas e amorosas tendem a fazer com que as crianças cresçam mais seguras e independentes.”

Na página da campanha, criada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, estão alguns conteúdos para se aprofundar no tema.

Um deles, no entanto, chama especialmente a atenção. Chama-se “O começo da vida”e passa pelos quatro cantos do mundo, mostrando a importância dos primeiros 1000 dias de vida.

Para fazer parte do movimento, acesse o site da campanha e se engaje!

Sobre a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal    
Em 2025, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal completa 60 anos de história. Criada em 1965, a Fundação nasceu em memória de Maria Cecilia, filha do banqueiro Gastão Eduardo de Bueno Vidigal – vítima de leucemia aos 12 anos – com intuito de fomentar pesquisas no campo da hematologia. Em 2007, a instituição abraçou a causa da primeira infância com a certeza de que as experiências vividas no começo da vida são fundamentais para o desenvolvimento não só da criança, mas de toda a sociedade.

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