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Como atitudes gentis combatem o etarismo

Como atitudes gentis combatem o etarismo

Relacionar palavras e sentimentos negativos à velhice pode diminuir a expectativa de vida em até sete anos e meio.

“Me pergunte sobre 7.5” é isto que está escrito em uma placa no escritório da Dra. Becca Levy, na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

Ela se empenhou em uma pesquisa sobre senioridade por mais de 30 anos e descobriu que quem atribui características de inferioridade a essa fase natural da vida perde até sete anos e meio de longevidade.

A Dra. Levy dá continuidade aos estudos do Dr. Robert N. Butler, psiquiatra e gerontologista, que criou o termo “etarismo” para definir o preconceito contra pessoas mais velhas, há cinquenta anos. Não à toa, a palavra tem semelhanças com outras do dicionário que definem tipos de discriminação, como “racismo” e “sexismo”.

Junto a sua equipe, a Dra. Levy concluiu que, além de afetar a longevidade, o etarismo prejudica a saúde cardiovascular.

Pois, o risco de ter insuficiência cardíaca, derrames e ataques cardíacos é duas vezes maior quando as pessoas internalizam os estereótipos degradantes sobre a velhice enquanto ainda são jovens.

O estudo chegou a esse resultado após acompanhar pacientes por 40 anos. Através dessa investigação, também descobriram que as doenças cardiovasculares podem acontecer precocemente pelo mesmo motivo.

Considerando a proporção de idosos na população brasileira, entre os anos 2000 e 2023, que cresceu de 8,7% para 15,6%, precisamos cultivar pensamentos e atitudes mais realistas, gentis e articuladas sobre a velhice que queremos ter no futuro.

“Comecei a escrever aos 40. Comecei a me sentir viva aos 70.”
Conceição Evaristo

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