Uma reflexão sobre como o “personagem” que criamos pode superar nossa verdadeira essência, destacando a importância de reconectar com nossa autenticidade para viver de forma mais genuína.
Quando o seu personagem é maior que a sua personalidade Quem sabe distinguir o personagem da vida real, da real personalidade? No trabalho, em casa, no trabalho em casa, na festa, com os amigos, com a familia, nos relacionamentos, com idosos, crianças, bichos, nas mídias sociais, “na rua, na chuva ou na fazenda. Ou numa casinha de sapê, iê, iê”. A gente se adapta, por estilo ou instinto. Queria falar que é por sobrevivência. Não sei é a melhor definição. Não é que eu seja outra pessoa.
Mas naquele momento em que estou desempenhando uma função, ou um papel, é como se eu entrasse em um personagem. Eu não sei qual é o “meu normal”, muito menos o “meu novo normal”. O que é ser normal? Aos olhos de quem? Quem julga o que é normalidade? Eu acho muito chato ser normal. Mesmo sem saber o que é ser. O desafio pra mim é que, ao tentar agradar gregos e troianos, fulanos e cicranos, podemos acabar sendo muito para os outros e pouco para nós. Nos moldamos para fazer parte dessa “não-festa” a fantasia que é a vida. Diferentemente do Carnaval, quando nos despimos, literalmente, de tudo, ou quando nos fantasiamos ainda mais pra viver aquilo que não temos coragem de ser no dia a dia.
O desafio de viver os personagens do cotidiano é não deixar virar esquizofrenia. (Como se fosse fácil. Ninguém disse que seria) A sensação de não saber quem somos e para que viemos não pode ser maior do que a vontade de fazer aquilo que sentimos, por instinto, por prazer e que nos faz viver. É muito fácil se perder e deixar que nossos personagens sejam maiores que as nossas personalidades. Ainda mais hoje em dia, onde somos tantos, mas nos sentimos tão pouco. Ass: Personagem