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Partilha: Tudo começa com uma decisão

Partilha: Tudo começa com uma decisão

Uma decisão pode mudar tudo.

Por Igor Monteiro, consultor de aprendizagem corporativa e especialista em design instrucional.

Nos esportes, a idolatria é um espaço reservado àqueles atletas capazes de decidir. Marcar o gol do título em uma final. Protagonizar a jogada que muda o rumo de uma partida, de um campeonato. Anotar o ponto que vira o jogo. 

No mundo corporativo, crescer significa assumir a responsabilidade por escolhas cada vez mais estratégicas para o negócio. As mais altas cadeiras executivas definem espaços de protagonismo de quem decide os rumos a serem tomados – e orienta as equipes nesse sentido. 

Diariamente nos deparamos com o desafio de tomar decisões, desde as menores, como o caminho a seguir até o trabalho, até as mais complexas, como aquelas três escolhas clássicas que definem os rumos de nossas vidas: com quem vou dividir meus dias, onde vou morar e com o que vou trabalhar. 

Seja vida pessoal, nos esportes ou na gestão da carreira, nossas realidades são necessariamente criadas e recriadas a partir das escolhas que fazemos – bem como das escolhas que não fazemos.  

Por isso, tudo começa com uma decisão. E uma decisão muda tudo. 

Simples assim?! Nem um pouco. 

Decidir é abandonar

A palavra decidir tem origem etimológica no latim – e significa, de forma literal, cortar fora.

Decidir é abandonar uma verdade. Cortar uma crença antiga. Deixar intencionalmente algo para trás e seguir novas convicções, novas ações.

Como humanos, somos seres dados aos nossos hábitos. Por essência, repetimos nossas rotinas inconscientemente. Reproduzimos pensamentos consistentemente e repetimos a velha máxima: “para que mexer em time que está ganhando?”

Repetir, ter rotina, agir sem pensar.

Decidir e agir de forma alinhada com uma nova decisão rompe radicalmente com a essência instintivamente repetitiva da nossa espécie.

É mexer em time que está ganhando – e que, sejamos sinceros, nem sempre está de fato ganhando. E lidar com desdobramentos novos nesse processo. 

Gerenciar consequências até então desconhecidas.

É arcar com a energia necessária para passar a fazer diferente, sair do automático.

Para além da questão energética, decidir é desapegar. 

E aqui, geralmente, as escolhas ficam ainda mais complexas.

Você fica bom no que faz sempre

Você chega tarde de um dia cansativo de trabalho. Senta, prepara algo rápido para comer, rola o feed de alguma rede social para se distrair. Reclama do trânsito até o trabalho, da reunião, da falta de tempo, do excesso de demandas. 

No dia seguinte, repete o processo. Há um alívio ali pela sexta-feira, no Happy Hour depois do trabalho – aliás, só pode ser happy hour porque é depois do trabalho. 

No final de domingo bate a ansiedade pela semana. E o ciclo se repete – semanas, meses, ano. 

Sem perceber, você entrou nessa dinâmica. É sua rotina, seu dia a dia. 

Deixa para depois  a busca ativa por um novo trabalho; não se permite espaços no dia para planejar novos rumos e procrastina on-line resoluções que poderiam transformar esse cenário.

Acostumado com essa dinâmica, você adia as decisões de mudar.

E decidir cortar fora hábitos tão bem estabelecidos parece realmente dar muito trabalho. Parece infinitamente mais desafiador do que voltar para casa e reclamar da semana difícil. 

A gente incorpora à rotina o que faz sempre – incluindo reclamar. Com o tempo, a sua rotina molda quem você é. Define sua identidade. E decidir não ser mais quem se é gera muito mais medos, inseguranças e procrastinações do que qualquer outra decisão. 

E são justamente essas as decisões que mudam tudo. 

As mudanças que você tem adiado

2026 está aí. Aliás, este é o último artigo de 2025…

Ano Novo é sinônimo daquelas tradicionais resoluções. Os planos, as metas para os próximos 365 dias. 

Começar na academia. Aprender um novo idioma. Fazer aquela viagem dos sonhos. Crescer profissionalmente. As listas são longas – e, em muitos casos, ousadas. 

Seu papel ou sua planilha vão aceitar tudo que for escrito ali. Frases inspiradoras, indicadores, métricas, frequências. São norteadores que realmente podem definir suas ações para o ano que vem. 

Mas, de forma objetiva, quais são suas grandes decisões para 2026?

Aquelas que realmente importam. Transformam.

Porque decidir vai muito além de escrever seus planos. 

Decidir é redefinir seu estado mental e se comprometer a abandonar, a cortar as crenças e práticas atuais, gerar espaço para o novo e ocupá-lo intencionalmente com uma nova forma de agir e pensar. 

Decidir é movimentar. E, no final das contas, a vida é movimento. 

Que 2026 seja o ano das grandes decisões da sua vida!

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