Por Redação Voz Futura
O prazer em fazer menos e sentir mais. A febre dos livros Bobbie Goods traz de volta um olhar sobre os low energy hobbies.
Os livros de colorir voltaram com força, impulsionados pela estética nostálgica e reconfortante da Bobbie Goods. A marca, criada pela ilustradora Abbie Gouveia em 2021, começou com vendas virtuais e rapidamente ganhou notoriedade, especialmente entre a geração Z.
Suas ilustrações apresentam traços grossos, espaços amplos e um universo aconchegante, remetendo ao gênero literário cozy, que se popularizou desde a pandemia.
O fenômenos foi tão grande que fez editoras voltarem a investir neste segmento, com mais de 150 mil cópias vendidas entre o final de 2024 e o início de 2025.
A prática de colorir, especialmente em livros como este, tem se destacado como uma alternativa eficaz para reduzir o tempo de exposição às telas e promover o bem-estar mental.
Atividades manuais como essa ativam o sistema parassimpático, responsável pelo relaxamento, diminuindo a produção de cortisol (hormônio do estresse) e aumentando a liberação de dopamina. “Diferente das redes sociais, que geram picos de ansiedade, o colorir oferece uma gratificação constante e sem sobressaltos”, explica a psicóloga Rosangela Domingues, em entrevista ao site ES360.

Embora atividades como colorir sejam promovidas como terapêuticas, muitas vezes elas acabam se tornando motivo de comparação e pressão.
Redes sociais transformaram o hobby em uma corrida por materiais sofisticados e técnicas avançadas, afastando-se da ideia original.
Hoje, existem cursos, oficinas pagas e até influenciadores especializados que ensina, a pintar sombras, camadas, texturas, elevando o nível de exigência.
