Recentemente, a atriz brasileira Julia Stockler, que interpretou Gisela em Beleza Fatal, sucesso no streaming Max, relembrou um episódio marcante: uma produtora de elenco sugeriu que, se ela diminuísse o nariz, poderia ser protagonista.
Para entender o impacto de falas como essa, destacamos uma pesquisa da Dove, realizada em 2024, que revelou um dado alarmante: Duas em cada cinco mulheres dizem estar dispostas a abrir mão de um ano ou mais de suas vidas para alcançar “o peso ideal”.
Mas a questão vai além dos números. Conversamos com duas mulheres, Yasmin Figueiredo, psicóloga, e Carolina Moraes, fisioterapeuta, para entender como enfrentam uma sociedade que ainda normaliza julgamentos sobre pele, peso e cabelo.
“Eu sempre tive um corpo fora dos padrões… Mesmo quando era magra, não era considerada magra. Na adolescência, evitava biquínis pequenos porque achava que minha barriga era grande demais e precisava escondê-la.”
“Hoje, eu trabalho intensamente esse tema com minhas pacientes, principalmente as mães. O corpo da mulher muda ao longo da vida, e acolher essas transformações é fundamental para o bem-estar emocional.”
Yasmin Figueiredo, Psicóloga
“As pessoas não percebem como a pressão estética nos força a buscar padrões inatingíveis, o que gera infelicidade e nos incentiva a consumir excessivamente, investindo tempo e dinheiro para alcançar algo quase impossível.”
Carolina Moraes, Fisioterapeuta
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Imagem: Raquel Cunha/TV Globo