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Pesquisa exclusiva: como as mídias afetam a nossa saúde mental?

Pesquisa exclusiva: como as mídias afetam a nossa saúde mental?

Pesquisa realizada pela Voz destaca necessidade de mudança

Por Time Voz Futura

O impacto das mídias digitais e do noticiário na saúde mental é cada vez mais evidente — e os dados da pesquisa realizada em 2025 pela Voz Futura, em parceria de divulgação com as páginas Querida Sanidade e Futuro Sensível, ajudam a dimensionar esse cenário. O levantamento contou com mais de 100 participantes de diferentes idades, gêneros e raças, do Brasil e até mesmo de fora, revelando um retrato sensível da relação entre informação, redes sociais e bem-estar.

Um dos achados mais marcantes é que quase metade dos participantes (47,7%) já recebeu um diagnóstico relacionado à saúde mental, como ansiedade, depressão ou burnout. Esse número reforça como o ambiente digital e o excesso de notícias podem ser gatilhos importantes. Entre os sentimentos mais citados após consumir o noticiário, aparecem tristeza (44,7%) e angústia (42,4%), muito acima da sensação de esperança (apenas 7,6%).

Outro dado relevante mostra que 64% dos respondentes passam entre 3 e 6 horas por dia conectados às redes sociais — e 72% reconhecem que gostariam de reduzir esse tempo, mas têm dificuldade. A consequência é clara: 78% afirmam que as redes sociais intensificam a comparação com outras pessoas, e 61% sentem FOMO (medo de perder algo).

Apesar desse cenário, há também caminhos de cuidado. As estratégias mais adotadas para lidar com os impactos emocionais são terapia (56%), atividade física (49%), pausas nas redes (41%) e conexão com amigos e família (38%). Além disso, a maior parte dos entrevistados expressa o desejo por mais conteúdos positivos, inspiradores e propositivos no noticiário.

Os dados apontam para uma urgência: repensar como consumimos e produzimos informação. A violência ainda é tratada como sinônimo de relevância, mas o preço cobrado por esse padrão é a saúde mental de quem consome. A pesquisa confirma algo que já sentimos: é possível — e necessário — construir uma mídia que informe sem adoecer.

A pesquisa contou com 132 participantes entre maio e setembro de 2025. 

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